quarta-feira, 15 de abril de 2009

Ps:

Ps: Exceto o ano e o mês de publicação no Estado de S. Paulo, nada me chama a atenção num texto onde tudo faz todo o sentido que não faz sentido algum. Não sei se sou o narrador e você a ruiva do cão basset. Não sei, nem ao menos, se gostaria um dia de escrever como Caio Fernando Abreu, me descuidando do sexo e de suas odisséias. Poderíamos todos sermos o cão basset e daí fugiríamos, como você pretende, dos muros da linguagem. Mas eu ando atenta, atenta e desatenta, desalentada demais para acreditar na importância dos sujeitos. Apenas me movem e demovem os predicados e seus adjetivos. Essa coisa louca e intensa, densa, que é a nossa vida quando pesada na mesma balança. A igualdade é o que mais me apaixona e aprisiona. (A linguagem o que deveríamos aprender na academia). 

Exceto o ano da publicação, a existência de tal escritor, e a epifania de "ter a face para outra pessoa que também tem uma face para você" ou a "tentação" da Clarisse em arriscar falar do abismo, NADA  mais teria me feito te mandar esse texto. 

Bjos.


Um comentário:

  1. E continuaremos com a menina ruiva que mora em cada uma de nós.
    (so cute!)

    Lindo. Se fosse possível, eu teria me sentido até um pouco homenageada.

    Beijos!

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